• No results found

Impact of malnutrition on cardiac autonomic modulation in children

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Impact of malnutrition on cardiac autonomic modulation in children"

Copied!
7
0
0

Loading.... (view fulltext now)

Full text

(1)

www.jped.com.br

ARTIGO

ORIGINAL

Impact

of

malnutrition

on

cardiac

autonomic

modulation

in

children

夽,夽夽

Gláucia

Siqueira

Carvalho

Barreto

a,∗

,

Franciele

Marques

Vanderlei

b

,

Luiz

Carlos

Marques

Vanderlei

b

e

Álvaro

Jorge

Madeiro

Leite

a

aUniversidadeEstadualdoCeará(UECE),Fortaleza,CE,Brasil b

UniversidadeEstadualPaulista(UNESP),DepartamentodeFisioterapia,PresidentePrudente,SP,Brasil Recebidoem24denovembrode2015;aceitoem2demarçode2016

KEYWORDS Autonomicnervous system;

Heartrate; Malnutrition;

Heartratevariability; Childhealth

Abstract

Objective: Tocomparetheautonomicbehaviorbetweenmalnourishedchildrenandacontrol groupusinganalysisofheartratevariability(HRV).

Method: Datawereanalyzedfrom70childrenwhoweredividedintotwogroups:malnourished andeutrophic,accordingtotheZ-scorenutritionalstatusforheightandage.Foranalysisof HRVindices,heart ratewas recordedbeattobeatwiththechildinthe supineposition for 20min.Theanalysisoftheseindiceswasperformedusinglinearmethods,analyzedinthetime andfrequencydomains. Student’st-testfor unpaireddataandtheMann---Whitneytestwere usedtocomparevariablesbetweengroups,withasignificancelevelof5%.

Results: Areductioninsystolicanddiastolicbloodpressureandanincreaseinheartratewere foundinmalnourishedchildrencomparedtoeutrophicchildren.TheHRVindicessuggestedthat malnourishedchildrenpresentreductionsinbothsympatheticandparasympatheticautonomic nervoussystemactivity.The SDNN,rMSSD,NN50,pNN50, SD1,SD2, TINN,LF(ms2),andHF

(ms2)indiceswerelowerinmalnourishedchildren.

Conclusion: Malnourishedchildrenpresentchangesincardiacautonomicmodulation, charac-terizedbyreductionsinbothsympatheticandparasympatheticactivity,aswellasincreased heartrateanddecreasedbloodpressure.

©2016PublishedbyElsevierEditoraLtda.onbehalfofSociedadeBrasileiradePediatria.Thisis anopenaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense(http://creativecommons.org/licenses/ by-nc-nd/4.0/).

DOIserefereaoartigo:

http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2016.03.005

Comocitaresteartigo:BarretoGS,VanderleiFM,VanderleiLC,LeiteÁJ.Impactofmalnutritiononcardiacautonomicmodulationin

children.JPediatr(RioJ).2016;92:638---44.

夽夽TrabalhovinculadoàUniversidadeEstadualdoCeará,Fortaleza,CE,Brasil.Autorparacorrespondência.

E-mail:glauciasiqueirabarreto@gmail.com(G.S.Barreto).

2255-5536/©2016PublicadoporElsevierEditoraLtda.emnomedeSociedadeBrasileiradePediatria.Este ´eumartigoOpenAccesssob umalicenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

CORE Metadata, citation and similar papers at core.ac.uk

(2)

PALAVRAS-CHAVE Sistemanervoso autônomo; Frequênciacardíaca; Desnutric¸ão; Variabilidadeda frequênciacardíaca; Saúdedacrianc¸a

Impactodadesnutric¸ãonamodulac¸ãoautonômicacardíacaemcrianc¸as

Resumo

Objetivo: Avaliaramodulac¸ãoautonômicacardíacadecrianc¸asdesnutridaspormeioda vari-abilidadedafrequênciacardíaca(VFC).

Método: Foramanalisadas70crianc¸ascommédiade3,71anos,queforamdistribuídasemdois grupos,deacordocomoestadonutricional:desnutridas(n=35)eeutróficas(n=35),seguindo oescoreZ,paraestaturaeidade.ParaanálisedosíndicesdaVFC,afrequênciacardíacafoi captadabatimentoabatimentocomascrianc¸asemdecúbitodorsalpor20minutos.Aanálise desses índicesfoi feitapormeio demétodos lineares,analisados nosdomíniosdo tempoe dafrequência.TestetdeStudentpara dadosnãopareados etestedeMann-Whitneyforam aplicadosparacompararasvariáveisentreosgrupos,comníveldesignificânciade5%.

Resultados: Reduc¸ãodapressãoarterialsistólicaediastólicaeaumentonafrequênciacardíaca foramencontradosnascrianc¸asdesnutridasquandocomparadacomaseutróficas.Osíndices daVFCsugeremquecrianc¸asdesnutridasapresentamumareduc¸ãodamodulac¸ãosimpáticae parassimpáticadosistemanervosoautônomo.OsíndicesSDNN,rMSSD,NN50,pNN50,SD1,SD2, TINN,BFeAFemms2forammenoresnascrianc¸asdesnutridas.

Conclusão: Crianc¸asdesnutridasapresentammodificac¸õesnamodulac¸ãoautonômicacardíaca

caracterizadas por depressão no componente simpático e no parassimpático, bem como

aumentonafrequênciacardíacaediminuic¸ãodapressãoarterial.

©2016PublicadoporElsevierEditoraLtda.emnomedeSociedadeBrasileiradePediatria.Este ´

eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/ by-nc-nd/4.0/).

Introduc

¸ão

Adesnutric¸ão é consideradaumgraveproblema desaúde pública.1Dadosepidemiológicosindicamqueelaafetacerca de15,5%dapopulac¸ãomundialeumterc¸odessapopulac¸ão éconstituídodecrianc¸as.2Asconsequênciasdadesnutric¸ão em crianc¸as incluem,dentre outras,problemas no desen-volvimento físico, como baixa estatura, massa muscular reduzida e diminuic¸ão da calcificac¸ão óssea; condic¸ões fisiológicasafetadas,sistemaimunológicoineficiente; ane-mia por deficiência de ferro, frequente proliferac¸ão de bactérias e desenvolvimento mental retardado com difi-culdades de aprendizagem.3 Assim,a desnutric¸ão infantil causa danos permanentes à saúde e, portanto, alta mortalidade.3

Adicionalmente, estudos têm demonstrado que a desnutric¸ão produz alterac¸ões na func¸ão do sistema ner-vosoautônomoemcrianc¸as.4Essacondic¸ãodedesequilíbrio poderá representar umimportante fator negativo, pois a func¸ãoautônomacontrolaalgumasdasfunc¸õesinternasdo corpoe,nessesentido,mereceatenc¸ão.

Uma maneira de avaliar o comportamento do sistema nervosoautônomoéavariabilidadedafrequênciacardíaca (VFC),umaferramenta simplese nãoinvasivadestinada a detectareestudaradisfunc¸ãocardíacaautônoma,tantoem doenc¸asfisiológicasquantopatológicas.5

Os estudos que investigam a modulac¸ão autônoma na desnutric¸ão infantil são escassos. Apenas um estudo que incluiu crianc¸as foi encontrado na literatura,que avaliou amodulac¸ãodosistemanervosoautônomonadesnutric¸ão como uso daVFC.4Sirivastavaetal.4 compararam a VFC de crianc¸as desnutridas e crianc¸as saudáveis combinadas porsexoeidade. Osautoresconstataramque oíndice de BF(baixafrequência)emunidadesnormalizadas earazão

BF/AF (baixa frequência/alta frequência) apresentaram aumento,aopassoqueoíndiceAFemunidades normaliza-dasapresentoureduc¸ãonogrupodecrianc¸as desnutridas. Concluindo, os autores sugeriram que a func¸ão cardíaca autônomacaracterizada peloaumentodamodulac¸ão sim-páticaocorreemcrianc¸asdesnutridas.

Outrosestudos6,7mostramaumentodamodulac¸ão simpá-ticadosistemanervosoautônomonadesnutric¸ão.Belchior et al.7 analisaram o efeito da desnutric¸ão proteica em ratos e constataram um aumento na pressão sanguínea. Contudo, não foram encontradas alterac¸ões na reativi-dade vascular, ao passo que Sawaya et al.6 constataram uma forte associac¸ão entre desnutric¸ão e hipertensão. Esses estudos sugerem possíveis alterac¸ões na VFC. Essa correlac¸ão pode ser considerada uma importante ferra-menta paradeterminar o prognósticoe a necessidadede atenc¸ão e cuidadosespeciais para com o sistemanervoso autônomoe afunc¸ãocardiovascularem crianc¸as desnutri-das.

Nesse contexto, entender a desnutric¸ão, os fatores causais,asconsequênciaseasrepercussõessetorna impor-tante,reitera-seseustatusdeproblemadesaúdepública. Adesnutric¸ãoapareceparapromovermudanc¸asno compor-tamentoautonômico cardíaco. Contudo,osdados sobrea análisedessecomportamentosãoescassose,considerando queocrescimentoafetaosistemacardiovascular8etemum efeitosignificativo sobrea maturac¸ão dosistema nervoso autônomoe suas representac¸õesna modulac¸ão cardíaca,9 essetemaconstituiumasituac¸ãoproblema.

Assim, com a intenc¸ão de adicionar elementos à lite-ratura relacionados ao problema acima, o objetivo deste estudo foi comparar o comportamento autonômico entre crianc¸aseutróficasedesnutridasdetrêsacincoanos,com basenaanálisedosíndicesdaVFC.

(3)

Métodos

Populac¸ão

Para conduzir este estudo, foram analisados dados de 70 crianc¸as de ambos os sexos, entre três e cinco anos, divididasem doisgrupos: desnutridas e eutróficas. Foram consideradasdesnutridasascrianc¸ascomescoreZinferior a-2comrelac¸ãoàestaturaparasuaidade,deacordocomos critériosestabelecidosparaidadeesexopelaOrganizac¸ão MundialdeSaúde,10eeutróficas,aquelascomescoreZ supe-riorouiguala-2einferiora+3.10

Ogrupodesnutridoeracompostode35crianc¸as, 23do sexofeminino(65,71%),aopassoqueogrupoeutróficoera composto de 35 crianc¸as, 20 do sexo feminino (57,14%). O cálculo do tamanho da amostra foi feito considerando comovariáveloíndice rMSSD(raizquadradadamédiadas diferenc¸asquadradasentreintervalosRRnormais adjacen-tesem umintervalodetempo). Amagnitudedadiferenc¸a significativaconsideradafoide07ms,considerandoum des-viopadrãode10,12ms,combaseemumestudopilotocom umriscoalfade5%ebetade80%,eotamanhodaamostra resultouem33crianc¸asporgrupo.

Oscritériosdeexclusãoforamusodemedicamentosque poderiam influenciar a atividade autonômica do corac¸ão, presenc¸ade infecc¸õese doenc¸as metabólicase/ou cardi-orrespiratóriasconhecidas,quepoderiamafetarocontrole autonômicocardíaco.

Os voluntários e seus pais foram informados sobre os procedimentoseobjetivos desteestudo e,depoisde con-cordar, uma pessoa responsável assinou o formulário de consentimento. Todos os procedimentos foram aprovados peloComitêdeÉticaemPesquisadaUniversidadeEstadual doCeará(Protocolo275.310).

Projetodoestudo

Osdadosforamcoletadosdemanhã,para evitar variac¸ão circadiana,emumasalacomtemperaturaambienteentre 21◦Ce23◦Ceumidadeentre40%e60%.Parareduzira ansi-edadedacrianc¸a,duranteacoleta,apenasopesquisadore apessoaresponsávelpermaneceramnasala.

Inicialmente foram coletadas as informac¸ões pessoais sobreascrianc¸as,como nome, idade,sexo edados sobre seuestadodesaúde.Depoisdisso,foifeitoumexamefísico queincluiuadeterminac¸ãodepesoeestaturaparacalcular oescore Z de estaturapor idade e amedic¸ão depressão arterialefrequênciacardíaca.

Opesoeaestaturaforamregistradoscomumabalanc¸a antropométricamecânica (Balmak®, SP,Brasil) com capa-cidade de 150kg. A frequência cardíaca foi medida com ummonitor de frequência cardíaca (Polar Electro Oy® ---modeloRS800CX,EUA)eapressãoarterialfoimedida indi-retamente,comumestetoscópio(Littmann®, Lightweight IISE,EUA)e umesfigmomanômetroaneroideinfantilcom diâmetrodebrac¸oentre10e18cm(Premium®,China)no brac¸odireitodacrianc¸a,deacordocomoscritérios estabe-lecidospelasVIDiretrizesBrasileirasdeHipertensão.11Para evitarerros na determinac¸ãodos valoresdepressão arte-rial,umúnico avaliadorfezasmedic¸ões desseparâmetro durantetodooexperimento.

Apósessesprocedimentos,acorreiadoeletrodode cap-tura foi molhada com água e, então, colocada no peito da crianc¸a, sobre a região do precórdio, e o receptor de frequência cardíaca foi colocado em seu pulso; esses equipamentos forampreviamente validados paracapturar a frequência cardíaca batimento a batimento e os dados foram usadosposteriormente para análiseda VFC.12 Após a colocac¸ão da correia e do monitor, a crianc¸a foi colo-cada na posic¸ão supinade Fowlera 30 grause continuou em repouso por20 minutos respirandoespontaneamente. Apósesseperíododecoleta,acrianc¸afoiliberada.

Análisedavariabilidadedafrequênciacardíaca

Quanto à análise daVFC, afrequência cardíaca foi regis-tradabatimentoabatimentodurantetodooprotocolocom uma taxa de amostragem de 1000Hz. Quanto à análise de dados, 1.000 intervalos RR consecutivos foram usados após filtragem digital no software Polar Precision Perfor-manceSW(Polar®, versão4.01.029,EUA)complementado poreliminac¸ãomanualdebatimentosectópicosprematuros eartefatos.Apenassériescommaisde95%debatimentos sinusaisforamincluídasnoestudo.5Aausênciade batimen-tosectópicosouartefatosquepodeminterferirna análise deVFCfoiverificadapormeiodeanálisevisualdasséries temporais.

Aanálise da VFC foi feitacom métodos lineares, ana-lisou o tempo e os domínios de frequênciae os métodos geométricos.Nodomíniodotempo,foramusadosos seguin-tesíndices:rMSSD(raizquadrada damédiadasdiferenc¸as quadradasentre intervalos RRnormais adjacentesem um intervalo de tempo), SDNN (desvio padrão de todos os intervalosRRnormais),pNN50(percentualdeintervalosRR adjacentescomdiferenc¸adedurac¸ãomaiordoque50ms) eosintervalosRR.5

Nodomínio dafrequência, foram usados componentes espectrais de baixa (BF) e alta frequência(AF) expressos emmilissegundosquadrados(ms2)e emunidades

normali-zadasearelac¸ãoentreeles(BF/AF).Asfaixasdefrequência usadas em cada componente foram:BF=0,04 a 0,15Hz e AF=0,15a0,40Hz.5Oespectrofoicalculadocoma Trans-formada RápidadeFourier.5A normalizac¸ãodos dadosde análise do espectro foi usada para minimizar os efeitos de mudanc¸as na faixa de frequência muitobaixa (VLF)e foi determinada a partir da divisão da potência de um determinadocomponente(BFouAF)peloespectrototalde potência,menosocomponentedefrequênciamuitobaixa, multiplicadapor100.5

Na análise da VFC por meio de métodos geométricos, foramusados osseguintes índices:triangular (calculado a partir da construc¸ão de um histograma de densidade de intervalosRRnormais,quemostrouadurac¸ãodosintervalos RRnoeixohorizontal(x)eafrequênciadecadaocorrência no eixo vertical (y), TINN (númerototal de intervalos RR usadosparaconstruirohistogramadivididopelafrequência modal)eosíndicesobtidosapartirdoplanodePoincaré(SD1 [dispersãodepontosperpendicularesàlinhadeidentidade quepareceserumíndicederegistroinstantâneoda varia-bilidadebatimentoabatimento],SD2[dispersãodospontos aolongodalinhadeidentidade,querepresentaaVFCem umregistrodelongoprazo]earazãoSD1/SD2[razãoentre

(4)

variac¸õescurtaselongasdosintervalosRR].5Todosos índi-cesdaVFCforamobtidospormeiodosoftwareKubiosHRV, versão2.0(KubiosSoftware,Finlândia).5

Análiseestatística

Nacaracterizac¸ãodapopulac¸ão,foiusadoométodo esta-tísticodescritivoeosresultadosforamapresentadoscomo média,desviopadrão,mediana,mínimo,máximoevalores percentuais.

Inicialmente,paracompararosgrupos,foideterminada anormalidadedosdados(testedeShapiro-Wilk)e quando a distribuic¸ão normalfoi aceita, foiaplicado oteste tde Studentparadadosnãopareados.Nassituac¸õesemque a distribuic¸ãonormalnãofoiaceita,foi aplicadoo testede Mann-Whitney.Asdiferenc¸asnessestestesforam considera-dasestatisticamente significativasquandoo valorde‘‘p’’ foiinferiora0,05.

Resultados

Ascaracterísticasantropométricas,oescoreZeos parâme-troscardiovascularesdosgruposdeestudopodemser encon-tradosna tabela 1. Nãohouve diferenc¸aestatisticamente significativaentreosgruposcomrelac¸ãoàidade(p=0,057). Entretanto,observamosvaloresmenoresdasvariáveispeso, altura, escore Z, pressão arterial sistólica (PAS) e diastó-lica(PAD)emcrianc¸asdesnutridas,enquantoosvaloresde frequênciacardíaca(FC)forammaioresnessascrianc¸as.

A tabela 2 apresenta os valores obtidos para os índi-cesdeBFeAFemunidades normalizadasems2e arazão

BF/AFdosgruposdesnutridoseeutróficos.Oestudo reve-louvaloressignificativamentemenoresnogrupodesnutrido emcomparac¸ãocomogrupoeutróficoreferentesaos índi-cesdeBFeAFemms2,enquantoosvaloresdeBFeAFem

unidadesnormalizadasearazãoBF/AFmostraramquenão

houvediferenc¸asestatisticamentesignificativasao compa-rarosdoisgrupos.

Atabela3apresentaosvaloresdosíndicesdaVFC obti-dosno domínio dotempo. As diferenc¸as estatisticamente significativasentreosgruposforamobservadasnointervalo RRenosíndicesSDNN,rMSSD,NN50epNN50,comvalores menoresnogrupodesnutrido.

OsvaloresdeSD1,SD2,razãoSD1/SD2,índicetriangulare TINNpodemserencontradosnatabela4.Foramobservadas reduc¸õessignificativasemSD1,SD2,índicetriangulareTINN nogrupodesnutrido.NoquedizrespeitoàrazãoSD1/SD2, nãohouvediferenc¸aentreosgrupos.

Discussão

Osresultados obtidos por meio dos índices da VFC suge-rem que crianc¸as desnutridas apresentam reduc¸ões nas modulac¸õessimpáticaeparassimpáticadosistemanervoso autônomo. Adicionalmente, reduc¸ões na PAS e na PAD e aumentodafrequênciacardíaca(FC)tambémforam obser-vadosemcrianc¸asdesnutridas.

AanálisedointervaloRRfoisignificativamentemenorno grupodesnutrido.Indicou,assim,aumentosnaFC. Corrobo-randoosachadosdesteestudo,Sirivastavaetal.4estudaram 35crianc¸as(idademédia:6:06±2,04anos)comníveisleves amoderadosdedesnutric¸ãoeconstataramqueosvaloresde intervalosRRerammenoresnessascrianc¸asemcomparac¸ão comcrianc¸asconsideradassaudáveis.

No presente estudo, tanto a PAS quanto a PAD apre-sentaram valores reduzidos no grupo desnutrido. Em contrapartidaaosachadosdesteestudo,Sessoetal.13 fize-ram um estudo transversal com 172 crianc¸as acima de 2anos,das quais91 foramclassificadascomo desnutridas com escore Z de -1 com relac¸ão a estatura e peso para sua idade. Do grupo de crianc¸as desnutridas, 29% apre-sentaramumaumentona PAS e na PAD apóso ajuste por idade, sexo e estatura em comparac¸ão com as crianc¸as

Tabela1 Valoresmédiosseguidosdedesviospadrão,medianaseintervalosdeconfianc¸aem95%dasvariáveisantropométricas, escoreZeparâmetroscardiovascularesdosgruposanalisados

Variáveis Desnutridas Eutróficas Valordep

Idade(anos) 3,71±0,75(4,00) [3,46-3,97] 4,09±0,85(4,00) [3,79-4,38] 0,057 Peso(Kg) 13,02±1,71(12,90) [12,43-13,61] 17,89±3,04(17,50) [16,85-18,94] <0,001a Estatura(cm) 91,53±5,47(91,00) [89,65-93,41] 106,83±8,15(108,00) [104,03-109,63] <0,001a EscoreZ −2,80±0,588(−2,79) [-3,00--2,60] 0,191±1,28(0,00) [-0,25-0,63] <0,001a PAS(mmHg) 102,14±6,56(100,00) [99,89-104,40] 107,14±8,60(110,00) [104,19-110,10] 0,008a PAD(mmHg) 63,43±6,84(60,00) [61,08-65,78] 68,00±8,68(70,00) [65,02-70,98] 0,0256b FC(bpm) 113,46±14,132(111,00) [108,60-118,32] 104,66±10,55(105,00) [101,03-108,28] 0,0054b

Kg,quilograma;cm,centímetros;mmHg,milímetrosdemercúrio;bpm,batimentosporminuto;PAS,pressãoarterialsistólica;PAD,

pressãoarterialdiastólica;FC,frequênciacardíaca.

a Diferenc¸asignificativaentreogrupodesnutridoeogrupoeutrófico(teste

tdeStudentparadadosnãopareados).

(5)

Tabela 2 Valores médios seguidos de desvios padrão, medianas e intervalos de confianc¸a em 95% dos índices LF [ms2], HF[ms2],LF[nu],HF[nu]edarazãoLF/HFobtidosdecrianc¸asdesnutridaseeutróficas

Variáveis Desnutridas Eutróficas Valordep

BF(ms2) 343,43±259,06(260,00) [254,38-432,48] 798,20±749,71(612,00) [540,49-1055,9] <0,001a AF(ms2) 208,69±176,01(142,00) [148,18-269,19] 464,46±299,14(422,00) [361,63-567,29] <0,001a LFnu(%) 63,17±14,19(59,70) [58,29-68,04] 61,65±12,40(65,10) [57,39-65,92] 0,8006 AFnu(%) 35,98±14,19(36,30) [31,11-40,86] 38,12±12,30(34,70) [33,89-42,35] 0,5769 BF/AF 2,33±1,67(1,75) [1,75-2,90] 1,92±1,15(1,88) [1,52-2,31] 0,6638

BF,baixafrequência;AF,altafrequência;ms,milissegundos;nu,unidadesnormalizadas;%,percentual;BF/AF,razãoentrebaixaealta

frequência.

aDiferenc¸asignificativaentregrupos(Mann-Whitney).

Tabela3 Valoresmédiosseguidosdedesviospadrão,medianaseintervalosdeconfianc¸a em95%dosintervalosRR,SDNN, rMSSD,NN50epNN50obtidosdecrianc¸asdesnutridaseeutróficas

Variáveis Desnutridas Eutróficas Valordep

IntervaloRR(ms) 537,59±49,92(521,50) [520,43-554,75] 591,20±57,56(577,60) [571,41-610,98] 0,0001a SDNN(ms) 32,09±11,16(29,90) [28,25-35,92] 47,16±15,22(44,90) [41,93-52,39] <0,001a rMSSD(ms) 21,54±9,48(21,20) [18,28-24,79] 32,75±11,35(31,90) [28,85-36,66] <0,001b NN50(ms) 53,91±65,94(31,00) [31,25-76,58] 140,46±109,92(118,00) [102,67-178,24] 0,0001a pNN50(%) 5,35±6,62(3,10) [3,08-7,63] 13,88±10,72(11,80) [10,20-17,56] 0,0001a

ms,milissegundos;%,percentual;SDNN,desviopadrãodamédiadetodososintervalosRRnormais;rMSSD,raizquadradadamédiadas

diferenc¸asquadradasentreintervalosRRnormaisadjacentes;NN50,númerodeintervalosRRsucessivosquediferememmaisde50ms;

pNN50,percentualdeparesdeintervalosRRconsecutivoscujadiferenc¸aémaiorouiguala50ms.

aDiferenc¸asignificativaentregrupos(Mann-Whitney).

b Diferenc¸asignificativaentregrupos(testetdeStudentparadadosnãopareados).

Tabela4 Valoresmédiosseguidosdedesviospadrão,medianaseintervalosdeconfianc¸aem95%dosíndicesSD1,SD2,razão SD1/SD2,índicetriangulareTINNobtidosdecrianc¸asdesnutridaseeutróficas

Variáveis Desnutridas Eutróficas Valordep

SD1(ms) 15,50±6,43(15,00) [13,29-17,71] 23,16±8,02(22,50) [20,40-25,92] <0,001a SD2(ms) 42,47±14,93(39,80) [37,34-47,61] 62,34±20,56(58,30) [55,27-69,40] <0,001b SD1/SD2 0,37±0,10(0,36) [0,33-0,40] 0,375±0,09(0,35) [0,34-0,41] 0,7601 Índicetriangular 8,85±3,14(8,48) [7,77-9,23] 12,75±3,54(12,67) [11,54-13,97] <0,001b TINN(ms) 151,43±59,61(140,00) [130,94-171,92] 220,86±63,90(215,00) [198,89-242,82] <0,001b

ms,milissegundos;SD1,desviopadrãodavariabilidadeinstantâneabatimentoabatimento;SD2,desviopadrãodeintervalosRRcontínuos

delongoprazo;TINN,interpolac¸ãotriangulardeintervalosRR.

aDiferenc¸asignificativaentregrupos(testetdeStudentparadadosnãopareados).

(6)

dogrupodecontrole (2%).Alémdisso, aPADmédia apre-sentou um aumento significativo nas crianc¸as desnutridas (65,2±0,6mmHg)emcomparac¸ãocomogrupodecrianc¸as saudáveis(61,8±0,8mmHg).

Existem vários mecanismos relatados na literaturaque explicam a relac¸ão entre desnutric¸ão no início da vida e aumento da pressão arterial, como ativac¸ão da renina--angiotensina,14 mudanc¸as na estrutura, na func¸ão e no comprimentovascular,15aumentodamodulac¸ãodosistema nervosoautônomosimpático,16 aumentodasensibilidadeà insulina17ealtasconcentrac¸õesdeplasmaglicocorticoide.18 Assim,a desnutric¸ão durante a infância poderepresentar umfatorderiscoquedeveserlevadoemconsiderac¸ãocom relac¸ãoaodesenvolvimentodehipertensãonofuturo.13

Contudo,tambéméimportantenotarqueapressão arte-rialestárelacionadaaopesocorporalduranteafasede cres-cimento.Portanto,crianc¸asdesnutridastendematerPASe PAD,umavezqueamassacorporalémenor,19fatoque tam-bémpodeestarrelacionadoaosvaloresdepressãoarterial reduzidosobtidos,vistoqueascrianc¸asquepertenciamao grupodesnutridotinhamentretrêsecincoanos.Conforme acrianc¸adesnutridacresce,apressãoarterialaumenta pro-gressivamente,comodemonstradoporoutrosautores.13,16,18 Com relac¸ãoàfrequênciacardíaca,osachadosindicam que o grupo de crianc¸as desnutridas apresentou valo-res maiores em comparac¸ão com o grupo de controle (113,46±14,13[111,0],emcomparac¸ãocom104,66±10,55 [105,0], respectivamente). Segundo Cattermole et al.,20 crianc¸as normais com 4 anos devem apresentar valores médios de frequência cardíaca de aproximadamente 95,4 bpm com um intervalo de confianc¸a entre 74,3 e 124,9 bpm.Portanto,em ambososgrupos estudados,osvalores defrequênciacardíacaficaramnafaixanormalparaaidade e,assim,adiferenc¸aestatísticaobservadaentreosgrupos aparentementenãoindicaimplicac¸ãoclínica.

Nopresenteestudo,osíndicesrMSSD,SD1,pNN50,NN50 eAF(ms2),querefletemamodulac¸ãoparassimpáticado

sis-temanervoso autônomo,5 apresentaramreduc¸ãonogrupo desnutrido em comparac¸ão com o grupo eutrófico. Isso sugere que, nessas crianc¸as, a modulac¸ão parassimpática é reduzida. Srivastava et al.4 não observaram alterac¸ões nos índices rMSSD e pNN50 em crianc¸as com desnutric¸ão leve a moderada; contudo, os autores concluíram que a desnutric¸ãopodeestarrelacionadaàreduc¸ãodamodulac¸ão vagal. Adicionalmente,umareduc¸ão na modulac¸ão paras-simpática também foi observada em outras doenc¸as de deficiênciasnutricionais,comodeficiênciadevitaminaD,21 restric¸ãodeproteínas22 ebulimianervosa.23

Vale destacar que a reduc¸ão damodulac¸ão vagal está relacionadaaoriscocadavez maiordemorbideze morta-lidadedecorrentedetodasascausaseaodesenvolvimento devários fatoresderisco.24 Portanto,osresultados deste estudoreforc¸amaimportânciadaintervenc¸ãoprecoceem crianc¸asdesnutridasparaevitardanosàsaúde cardiovascu-laremetabólicae,assim,promoverumarespostamelhorda modulac¸ãoautonômica cardíacaeatenuarpossíveisdanos aocorpo.

OsíndicesSDNN,SD2,TINNe triangular,que represen-tamavariabilidadeglobal,istoé,asmodulac¸õessimpática eparassimpática,eo índicedeLF(ms2),queapontapara

a modulac¸ão simpática,5 bem como os índices menciona-dosanteriormente,apresentaramumadiminuic¸ãonogrupo

desnutridoemcomparac¸ãocomogrupoeutrófico. Diferen-temente das observac¸ões no presente estudo, os autores encontraramaumentodamodulac¸ãosimpáticaemcrianc¸as desnutridascaracterizadoporvaloreselevadosnoíndicede LFemunidadesnormalizadasenarazãoBF/AF.4

Váriosmecanismospossíveisforampropostos na tenta-tivadeexplicarasmudanc¸asobservadasnosistemanervoso simpático.Adesnutric¸ãoduranteoperíodocríticode desen-volvimento pode levar ao desequilíbrio autonômico por meio de mudanc¸as morfológicas em várias áreas do sis-temanervosocentralenvolvidasnagerac¸ãoe/oumodulac¸ão da atividade simpática, como o hipotálamo.25 Ademais, tambémpodemosobservarmudanc¸asnaliberac¸ãode neu-rotransmissoresnosistemanervosocentral.26

Estudosmostraramqueocomponentesimpáticodo sis-temanervosoautônomoestárelacionadoàmobilizac¸ãode energiae participadocontrole dometabolismodaglicose e da gordura.24,27 Perterson et al.28 demonstraram uma relac¸ãoentre oaumentodagordura corporal e a hipoati-vidade dos componentes simpáticos e parassimpáticos do sistemanervosoautônomo.Alémdisso,osautores descobri-ramqueumamodulac¸ãosimpáticamaisbaixaestáassociada aummenorgastodeenergia.

Areduc¸ãonamodulac¸ãosimpáticaemcrianc¸as desnutri-dasindicaumimportantequadroclínicoparapouparenergia e,consequentemente,promoverumpossívelbalanc¸o ener-géticopositivo.Vanderleietal.29descreveramque,emuma crianc¸aobesa, háumareduc¸ãonessesistema,queresulta emumdesequilíbrioentreofornecimentoeoconsumode energiaeculminaemganhodepesocorporal.Assim, traba-lhamoscomahipótesedequeareduc¸ãonamodulac¸ão sim-páticaobservadaemcrianc¸asdesnutridasfavoreceo equi-líbriodeenergiaepodereduzirosefeitosdadesnutric¸ão.

OsíndicesdeBFeAFemunidadesnormalizadasnão apre-sentaram diferenc¸a no grupo desnutrido em comparac¸ão com o grupo de controle. Esses resultados eram espera-dos,jáque seobservouumareduc¸ão em seusvalores em crianc¸as desnutridas quando analisados em ms2.

Conside-randoqueosíndicesdeBFeAFemunidadesnormalizadas sãocalculadosapartirdaáreadoespectrodepotênciaeque ocorreumareduc¸ãonoespectroem crianc¸as desnutridas, nãoforamobservadasalterac¸õesnosvalorescalculadosem unidadesnormalizadas.Ademais,areduc¸ãotantono compo-nentesimpáticoquantonocomponenteparassimpáticodo sistemanervosoautônomojustificaaausênciadediferenc¸as significativasnasrazõesSD1/SD2eBF/AFdecrianc¸as des-nutridasemcomparac¸ãocomogrupodecontrole.

Conceitualmente,adesnutric¸ãopodeserdefinidacomo a relac¸ão entre a reduc¸ão no peso e na estatura e a deficiênciadevitaminasemineraisessenciais.4Vários estu-dos mostraram que a deficiência de micronutrientes está correlacionadacomalterac¸õesnaVFC.Singhetal.30 rela-cionaram a deficiência de vitamina D e vitamina E com modificac¸ões na VFC e Mann et al.21 associaram a vita-minaDcomalterac¸õesnamodulac¸ãoautonômicaemseres humanos. Assim, tambémpodemos inferir que a reduc¸ão nosnutrientes em crianc¸asdesnutridas deve serumfator aserlevadoemconsiderac¸ãoparaexplicarasalterac¸õesna modulac¸ãoautonômicacardíaca.

Como limitac¸ão deste estudo, podemos citar a falta de estratificac¸ão do grau de desnutric¸ão nas crianc¸as, quepoderiaenriquecerainda maisa discussãodoestudo.

(7)

Adicionalmente,osvaloresde frequênciarespiratória não foram coletados, o que poderia ter contribuído para um melhorentendimentodaanáliseespectraldaVFC.Contudo, aanálisedamodulac¸ãoautonômicaemcrianc¸asdesnutridas pormeiodaVFCprovouserummétodoefetivodeaplicac¸ão rápidaefácil e,portanto,considerandoqueaferramenta conseguiurefletiraspectosimportantesdosistemanervoso autônomo,aimportânciadasuainclusãocomoumamedida derotinadecontroleeanálisedamodulac¸ãocardíaca des-sascrianc¸as deve ser enfatizada,bem como intervenc¸ões efetivasparaerradicaradesnutric¸ãoinfantil.

Concluindo,osresultadossugeremquecrianc¸as desnutri-dasapresentam alterac¸ões nosistemanervoso autônomo, caracterizadas por uma reduc¸ão nas modulac¸ões simpá-ticae parassimpática. Além disso, houve umaumento na frequênciacardíacaeumareduc¸ãonapressãoarterialnessa populac¸ão.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Referências

1.Monteiro CA, Conde WL, Konno SC. Análise do inquérito ChamadaNutricional2005realizadopeloMinistériodo Desen-volvimento Social eCombateàFome eMinistério daSaúde. São Paulo: NúcleodePesquisas Epidemiológicasem Nutric¸ão eSaúdeeDepartamentodeNutric¸ãodaFaculdadede Saúde PúblicadaUniversidadedeSãoPaulo;2006.

2.UnitedNations.Themillenniumdevelopmentgoalsreport2012. NewYork:UnitedNations;2012.

3.Bittencourt AS, Niquini RP, Reis AC, Leal MC. Assistência a crianc¸asdesnutridas:análisededadosdosistemadeinformac¸ão hospitalar doSistemaÚnico deSaúde.RevBrasSaúdeMater Infant.2009;9:263---73.

4.SrivastavaD,SinghK,MisraR,PrakashA.Comparisonofcardiac autonomicactivitybetweenmalnourishedandhealthychildren. IndianJPhysiolPharmacol.2012;56:222---8.

5.Vanderlei LC, Pastre CM, HoshiRA, CarvalhoTD, Godoy MF. Noc¸õesbásicasdevariabilidadedafrequênciacardíacaesua aplicabilidadeclínica.RevBrasCirCardiovasc.2009;24:205---17.

6.SawayaAL, SessoR,FlorêncioTM,FernandesMT,MartinsPA. Associationbetweenchronicundernutritionandhypertension. MaternChildNutr.2005;1:155---63.

7.BelchiorAC,AngeliJK,FariaTO,SimonFD,SilveiraEA,Meira EF,et al.Post-weaningproteinmalnutritionincreases blood, pressureandinducesendothelialdysfunctionsinrats.PLoSONE. 2012;7:e34876.

8.SilvettiMS,DragoF,RagoneseP.Heartratevariabilityinhealthy childrenandadolescentsispartiallyrelatedtoageandgender. IntJCardiol.2001;81:169---74.

9.CysarzD,LinhardM,EdelhauserF,LanglerA,VanLeeuwenP, HenzeG,etal.Unexpectedcourseofnonlinearcardiac inter-beatintervaldynamicsduringchildhoodandadolescence.PLoS ONE.2011;6:e19400.

10.Childgrowthstandardsandtheidentificationofsevereacute malnutritionininfantsandchildren:ajointstatementbythe WorldHealth Organizationand theUnitedNationsChildren’s Fund.Geneva:WorldHealthOrganization(WHO);2009.

11.Sociedade Brasileira de Cardiologia/Sociedade Brasileira de Hipertensão/SociedadeBrasileira de Nefrologia.VI Diretrizes

Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol. 2010;95: 1---51.

12.deRezendeBarbosaMP,SilvaNT,deAzevedoFM,PastreCM, VanderleiLC.ComparisonofPolar®RS800G3TMheartrate moni-torwithPolar® S810iTM and electrocardiogramto obtainthe seriesofRRintervals andanalysisofheartratevariabilityat rest.ClinPhysiolFunctImaging.2016;36:112---7.

13.SessoR,BarretoGP,NevesJ,SawayaAL.Malnutritionis associ-atedwithincreasedbloodpressureinchildhood.NephronClin Pract.2004;97:c61---6.

14.GodardCM,Munoz M,Sanchez MA,Vallotton MB,RiondelA. Astudyoftherenin-angiotensin-aldosteronesysteminsevere infantilemalnutrition.IntJPediatrNephrol.1986;7:39---44.

15.ZureikM,Bonithon-KoppC,LecomteE,SiestG,DucimetiereP. Weightsatbirthandinearlyinfancy,systolicpressure,andleft ventricularstructureinsubjectsaged8-24years.Hypertension. 1996;27:339---45.

16.Leon-QuintoT,MagnanC,PorthaB.Alteredactivityofthe auto-nomousnervoussystemasadeterminantoftheimpaired␤-cell secretoryresponseafterprotein-energyrestrictionintherat. Endocrinology.1998;139:3382---9.

17.SomovaLI,MoodleyK.Theeffectofproteinenergy malnutri-tionondevelopmentofhypertension,glucosemetabolismand insulinsensitivityingeneticallyhypertensiverats.NutrMetab CardiovascDis.2000;10:188---94.

18.JacobsonL, Zurakowski D,Majzoub JA. Protein malnutrition increases plasma adrenocorticotropin and anterior pituitary propiomelanocortin messenger ribonucleic acid in the rat. Endocrinology.1997;138:1048---57.

19.Skrzypczyk P, Roszkowska-Blaim M, Daniel M. Hypertensive crisis in children and adolescents. Pol Merkur Lekarski. 2013;35:379---84.

20.CattermoleGN,LeungPY,MakPS,ChanSS,GrahamCA,Rainer TH.Thenormalrangesofcardiovascularparametersinchildren measuredusingtheultrasoniccardiacoutputmonitor.CritCare Med.2010;38:1875---81.

21.MannMC,ExnerDV,HemmelgarnBR,SolaDY,TurinTC,EllisL, etal.VitaminDlevelsareassociatedwithcardiacautonomic activityinhealthyhumans.Nutrients.2013;5:2114---27.

22.Martins CD, Chianca DA, Fernandes LG. Cardiac autonomic balanceinratssubmittedtoproteinrestrictionafterweaning. ClinExpPharmacolPhysiol.2011;38:89---93.

23.Vogele C, Hilbert A, Tuschen-Caffier B. Dietary restriction, cardiacautonomicregulationand stress reactivityinbulimic women.PhysiolBehav.2009;98:229---34.

24.Thayer JF, Lane RD. The role of vagal function in the risk for cardiovascular disease and mortality. Biol Psychol. 2007;74:224---42.

25.PlagemannA,HarderT,RakeA,MelchiorK,RohdeW,Dorner G.Hypothalamicnucleiaremalformedinweanlingoffspringof lowproteinmalnourishedratdams.JNutr.2000;130:2582---9.

26.Kim SW, Yu BP, Sanderford M, Herlihy JT. Dietary restric-tion modulates the norepinephrine content and uptake of theheartandcardiac synaptosomes.Proc SocExpBiol Med. 1994;207:43---7.

27.NonogakikK.Newinsightintosympatheticregulationofglucose andfatmetabolism.Diabetologia.2000;43:533---49.

28.PetersonHR,RothschildM,WeinbergCR,FellRD,McLeishKR, PfeiferMA.Bodyfatandtheactivityoftheautonomicnervous system.NEnglJMed.1988;318:1077---83.

29.VanderleiLC,PastreCM,JuniorIFF,GodoyMF.Analysisof car-diacautonomic modulation inobese and eutrophic children. Clinics.2010;65:789---992.

30.SinghRB,WeydahlA,Otsuka K,WatanabeY,YanoS,MoriH, etal.Cannutritioninfluencecircadianrhythmandheartrate variability?BiomedPharmacother.2001;55:s115---24.

References

Related documents

1.1 In 2007, analytical control testing of the capsaicin natural USP active agent was carried out by the Quality Control Laboratory of PannonPharma (PPh) in cooperation with

Fluidigm offers a full line of reagents for high dimensional panel design, including metal-conjugated antibodies, application specific panel kits, as well as reagents for

with high cognitive load only 68.6% in the group of younger adults, 69.6% in the group of healthy older adults, and 17.6% in the group with pMCI exhibited mutual interference, all

Methods: Data from the Data Collection on Adverse events of Anti-HIV Drugs Study cohort were analyzed to identify indepen- dent risk factors for NHL and HL using hazard ratios

We suggest that a process algebra account is able to cope with the independence of gesture meaning and speech meaning, cases of asynchrony, cases of blocking of information, cases

By defining the ubiquitous bindings in this way, we can support the discovery of SCA context services via different discovery protocols and then access the services using the

In order to make the removal of the current investment restriction as useful and workable as possible, we believe it would be worthwhile considering whether there could be an

Equations (20) and (21) clearly show that the performance of the hybrid system depends on a set of thermodynamic and electrochemical parameters such as the fuel