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Revitalização de Prédios Históricos: Reservatório da Castelhana, Castelinho, na Cidade de Manaus

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ISSN 2286-4822 www.euacademic.org

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Revitalização de Prédios Históricos: Reservatório

da Castelhana, Castelinho, na Cidade de Manaus

JEAN DIEGO COSTA DA SILVA GHISLAINE RAPOSO BACELAR

Graduando em Engenharia Civil Centro Universitário do Norte, UNINORTE, 2018

Resumo:

Esse estudo tem por objetivo de propor à Revitalização do Reservatório da Castelhana, o Castelinho, na cidade de Manaus, cujo o mesmo encontra-se desativado e em total abandono. Para tanto, procurou-se realizar um estudo de caso, revendo através de fatos históricos toda a sua história e relevância para à cidade, no período Áureo da Borracha, verificando toda parte estrutural do prédio, e assim, através de profissionais das áreas de Arquitetura e Engenharia Civil, projetar de forma eficaz essa revitalização, para que futuramente possa ser sugerido o seu tombamento pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), agregando-o no desenvolvimento do turismo e da cultura local, visto que o mesmo já se encontra tombado pelo estado, por se tratar de um prédio histórico do século XIX, e também por ser o primeiro Sistema de Reservação e Distribuição de Água construído na capital amazonense.

Key words: Prédio Histórico; Reservatório da Castelhana; Castelinho; Revitalização; Patrimônio Histórico.

INTRODUÇÃO

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Amazonas, Mercado Adolpho Lisboa, Igreja de São Sebastião, entre outras. Quem passa pelo local, faz uma viagem no tempo de volta ao período “Áureo da Borracha”, vivido no fim do século XIX, quando o látex extraído das seringueiras da Amazônia se tornou protagonista na exportação, trazendo riqueza e desenvolvimento à região norte, e assim, fazendo com que à cidade de Manaus viesse ser apelidada naquela época de “Paris dos Trópicos” e “Belle Époque”, sendo uma das primeiras cidades a ter luz elétrica, água encanada e linhas de bonde. Infelizmente com o passar dos anos, alguns prédios históricos foram esquecidos, impossível deixar de notar o descaso com a revitalização e restauração de alguns monumentos, deteriorados pelo tempo, com total ausência de preservação do patrimônio público.

Nesse contexto, o artigo tem como finalidade à revitalização do Reservatório da Castelhana, o Castelinho, para que futuramente possa ser sugerido o seu tombamento pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), agregando-o no desenvolvimento do turismo e da cultura local, visto que se trata de um prédio histórico do século XIX, como sendo o primeiro sistema de reservação e distribuição de água encanada construído na capital amazonense.

Considero essa pesquisa um desafio, mas acredito que poderá trazer contribuições práticas e teóricas de grande relevância, para a história do Amazonas, para os amazonenses, e principalmente para os responsáveis pela implantação dessa revitalização, na importância que, pretende-se mostrar os resultados alcançados.

DESENVOLVIMENTO

1. Reservatório do Castelinho: sua história, importância e construção

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Reservatório da Castelhana, localizado na Avenida Constantino Nery com a Boulevard Álvaro Maia, foi construído no mesmo estilo da Casa de Bombas projetada por Lauro Bittencourt, em 1883. Sua função era receber as águas vindas do Igarapé da Cachoeira Grande, localizado a 2km de distância, e distribui-las à cidade. Sua capacidade de armazenamento era de 1.500.00 litros de água, vindo posteriormente a se tornar insuficiente devido ao crescimento populacional, sendo necessária a construção de um novo reservatório, o Reservatório do Mocó. (Manaus Ontem e Hoje, 1996)

O abastecimento de água naquela época era feito pelos “aguadeiros”, índios e negros que vendiam água à população e todas as manhãs e tardes, faziam uma “procissão”, quando, em fila, com vasos de barro vermelho sobre a cabeça, seguiam pelos estreitos caminhos que levavam às fontes da floresta, vale ressaltar que a água do rio não era boa para se beber, e a população dava preferência às águas das “pequenas fontes e riachos da mata”. (MESQUITA O. , 2006, p. 170).

Os primeiros passos para o abastecimento de água potável começaram a ser dados na administração do então presidente José Lustosa da Cunha Paranaguá, em 1882, explorando os seguintes mananciais: fonte do Mocó, fonte da Castelhana, igarapé da Cachoeirinha, igarapé da Cachoeira Grande e alguns de seus afluentes. A diretoria de obras públicas procede a exploração dos mananciais das fontes do mocó e castelhana e igarapés da cachoeira grande e seus afluentes. (DURANGO, 2014, p. 80)

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das zonas Sul e Centro-Sul da cidade. (REDAÇÃO EM TEMPO, 2017)

Ambos são originários do século XIX e foram concebidos devido a necessidade de ampliação do sistema de abastecimento de água na capital, por conta do grande crescimento demográfico provocado pela extração e comercialização do látex, no “Período Áureo da Borracha”.

Os primeiros passos para o abastecimento de água potável começaram a ser dados na administração do então presidente José Lustosa da Cunha Paranaguá, em 1882, explorando os seguintes mananciais: fonte do Mocó, fonte da Castelhana, Igarapé da Cachoeirinha, Igarapé da Cachoeira Grande e alguns de seus afluentes. A diretoria de obras públicas procede a exploração dos mananciais das fontes do mocó e castelhana e igarapés da cachoeira grande e seus afluentes. (DURANGO, 2014, p. 80)

Com o crescimento da população, proliferavam doenças de veiculação hídrica aumentando os riscos de contaminação e a contração de doenças. A cidade passou por graves problemas graves de saúde pública e muitas pessoas morreram, por conta da falta de saneamento básico e pela distribuição de água fora dos padrões de potabilidade nas torneiras. (REDAÇÃO EM TEMPO, 2017)

O Reservatório da Castelhana possui dois reservatórios, sendo um aterrado e outro elevado, o reservatório a ser revitalizado será o aterrado que foi construído em alvenaria de pedra na mesma época da represa da Cachoeira Grande, possui 4 metros de altura e encontra-se situado a 66,34 cm do nível máximo da enchente.

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medievais que se podem classificar como neogóticas. (MESQUITA, 2006, p. 103).

Figura 1 – Reservatório da Castelhana. Fonte: The City of Manaus and the Country of the Rubber Tree, 1883.

O pavimento térreo é vazado por uma porta em arco pleno e duas pequenas janelas quadradas. No segundo pavimento, abrem-se três magras janelas em arco pleno como molduras ogivais e, abaixo da cornija, existe um relevo ornamental em forma de grega, produzindo uma sequência de pequenos arcos ogivais que circundam todo o prédio. A platibanda é recortada em forma de ameias, tendo ao centro uma elevação ladeada por pequenas agulhas nas extremidades, sobre os cunhais do prédio, erguem-se duas agulhas maiores. (MESQUITA, 2006, p. 103)

Em 1897 a Comissão de Saneamento e Melhoramentos da cidade de Manaus foi responsável por organizar o projeto de abastecimento da cidade. Esta equipe havia estudado todos os mananciais, de modo que atingisse o volume desejado, que correspondia a 30.000 metros cúbicos. A comissão chegou à conclusão de que as águas dos mananciais eram mais ou menos impuras e deveriam passar por um processo de decantação e filtragem (Diário Oficial do Estado do Amazonas, 3 de abril de 1898, p. 13500).

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sistematização rigorosa (Diário Oficial do Estado do Amazonas de 10 de julho de 1903, p. 26626)

Em documento governamental fala-se da aquisição de um terreno contíguo em anexo ao Reservatório da Castelhana no tamanho de 2.160 metros quadrados, de modo a melhorar as condições de serviço. (SALLES, Ephigenio, 1929, p. 76)

Figura 2 – Foto aérea da Avenida Constantino Nery, ao centro, o Reservatório da Castelhana. Foto: Correa Lima. Acervo: Eduardo Braga, 1970.

O Reservatório da Castelhana é todo em alvenaria, possui quatro metros de altura e tem uma característica Neogótica, que foi classificado por Monteiro como “medieval arábico”. Há uma relação desta arquitetura com a neogótica portuguesa que teve contato com a arte dos mouros. (MONTEIRO, 2006, p. 223)

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É um prédio pequeno em formato de castelo, no entanto o predomínio de seu traçado vertical e a presença de alguns elementos decorativos de sua fachada dão-lhe a característica de uma fortaleza gótica. A obra foi construída sobre um terreno pouco mais elevado que o nível da rua, sendo escavada uma passagem para que o primeiro pavimento ficasse no mesmo nível da rua, mas atualmente foi construída uma barreira de terra que impede este contato. (MESQUITA, 2006, p. 104)

Através de fotos antigas e atuais é possivel analisar e concluir que a infraestrutura do Castelo não sofreu grandes alterações na parte externa, porém a parte interna sofreu algumas mudanças significativas, fazendo com que o prédio perdesse toda a sua característica original do século XIX.

Figura 4 - Reservatório da Castelhana, área interna

Fonte: próprio autor.

Figura 5 - Reservatório da Castelhana, área interna

Fonte: próprio autor.

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Pelo que se pode analisar da área interna, o prédio está em estado de abandono há um bom tempo, se pode ver também que suas instalações estão servindo de depósito, e possivelmente de abrigo para algum morador de rua. De acordo com o que foi passado, o prédio foi pintado recentemente com as cores que remetem à concessionaria que atualmente administra o abastecimento de água na cidade de Manaus, porém já é possível ver algumas pichações na área externa e plantas que tomam conta de alguns espações na área superior. Num contexto artístico, a visão de um prédio histórico nos remete a uma ruina de beleza particular, na qual deve ser valorizada e mantida na mais sublime forma, sem que a interferência humana venha ser-lhe prejudicial ao ponto de lhe descaracterizá-la. Ao mesmo tempo torna-se um patrimônio vazio, sem identidade e característica própria, fazendo com que a sua importância e histórias sejam apagadas levando consigo as lembranças de uma sociedade.

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2. Revitalização do Castelinho

A revitalização, em um contexto histórico, remete ao conjunto de ações que visam dar uma nova vitalidade aos prédios históricos, trazendo à tona o antigo, no qual demonstra toda a sua história valorizada que ali se encontra, e a modernização, com melhorias em todos os sistemas prediais, os materiais e equipamentos, deixando tudo mais compatível com o estilo de vida moderno e urbano, que muitas vezes não existia no momento da construção original. A preservação do patrimônio arquitetônico e histórico também é uma vantagem desejável, pois se trata de um processo de contemporaneidade, misturando o passado com a modernidade.

Figura 8 - Reservatório da Castelhana, área externa. Fonte: próprio autor.

Segundo (SCOCUGLIA, 2004), esse processo teve início a partir do século XX, onde várias cidades do mundo passaram a revitalizar suas áreas históricas como forma de promover a reutilização do patrimônio, bem como os recursos ambientais existentes.

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identifiquem nos espaços urbanos, e, nos monumentos históricos, marcos referenciais de identidade e memória. (RUSKIN, 1910, p. 212)

Segundo (RUSKIN, 1910), o conceito de pitoresco é utilizado como uma forma de qualificar uma obra arquitetônica de reconhecido valor histórico e cultural. A beleza acrescentada pelo tempo confere às edificações um perfil peculiar e “estilo” característico. Seus elementos únicos captam a atenção do espectador como se fossem, por exemplo, as linhas puras do Clássico ou o efeito de luz e sombra do Gótico.

Figura 9 – Exemplo de Retrofit. Loja e Mercado GBarbosa Aracaju – SE Foto: GBarbosa

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Figura 10 – Exemplo de Retrofit. Foto: Shutterstock.

A técnica do Retrofit foi desenvolvida na Europa, tendo em vista a grande necessidade de revitalizar os prédios históricos, que devido à enorme quantidade de edifícios históricos existentes. Nos países europeus, existem rigorosas leis que não permitem a demolição ou substituição de acervos arquitetônicas, portanto abriu-se espaço para o surgimento desta técnica, como forma de preservar o patrimônio histórico e ao mesmo tempo revitalizá-lo para a sua utilização.

Atualmente a técnica do Retrofit passou a ser muito utilizada nos Estados Unidos. As vantagens da técnica do Retrofit é o aproveitamento dos espaços que os prédios históricos possuem. Antigamente os imóveis eram construídos como espaços maiores, isso contribuía para a quantidade de indivíduos que residiam naquele local.

Não existiam muitas tecnologias, geralmente esse imóvel era projetado para que a iluminação natural e a ventilação fossem bem aproveitadas na edificação. Uma particularidade muito observada é que a grande parte desses imóveis apresentavam o pé direito alto, como se todas as edificações tivessem uma padronização naquela época.

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maciças, tacos, divisórias de tijolos, portas e janelas de madeiras de lei, geralmente talhadas formando vários tipos de desenhos.

As desvantagens nessas construções é a parte de infraestrutura, por ser um período de evolução, muitas construções não dispunham de instalações elétricas, hidráulicas e prediais, assim para adequá-las aos moldes atuais acaba se tornando uma obra de valor muito expressivo.

3. Recuperação e Reativação do Reservatório Enterrado do Castelinho

O reservatório da Castelhana, Castelinho, teve uma grande parcela de contribuição para a sociedade amazonense durante o período do seu pleno funcionamento, reservando e distribuindo água de qualidade para as zonas Sul e Centro-Sul da cidade de Manaus, atendendo de forma satisfatória aproximadamente 250 mil habitantes.

Após a desativação do reservatório enterrado, o reservatório da Castelhana passou a ter um volume de reservação de apenas 3,5 mil metros cúbicos, pertencente ao reservatório elevado, visto na figura abaixo:

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Com a reativação do reservatório enterrado, aumentará a capacidade do volume de reservação de 3,5 mil metros cúbicos para 8,0 mil metros cúbicos, visto que a capacidade de reservação do Castelinho é de 4,5 mil metros cúbicos. Isso diminuiria a demanda de distribuição de água, fazendo com que haja uma melhoria no rodizio dos reservatórios que compõem as zonas Sul e Centro-Sul.

Através desse conjunto de melhorias, o investimento se faz necessário também na modernização de equipamento, como automatização do sistema elétrico, troca de quadros de comando e instalações de grupos geradores de energia elétrica, visando garantir a segurança operacional do sistema, bem como a redução a interrupções emergenciais no fornecimento de água devido a situações de falha no serviço de energia elétrica, como que de energia e apagões.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste contexto, concluo com a ideia deque o Reservatório da Castelhana possui uma grande relevância na história do abastecimento de água em Manaus e, por esse motivo, necessita de uma atenção maio quanto à sua preservação. Os órgãos competentes deveriam ter um olhar mais crítico, pois se trata de um patrimônio que ainda pode trazer muitos benefícios para a população, a cultura e o turismo local.

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desabastecimento quando se tem falhas relacionadas as panes de energia.

Cuide bem de seus monumentos, e não precisará restaurá-los. Algumas chapas de chumbo colocadas a tempo num telhado, algumas folhas secas e gravetos removidos a tempo de uma calha, salvarão tanto o telhado como as paredes da ruína. Zele por um edifício antigo com ansioso desvelo; proteja-o o melhor possível, e a qualquer custo, de todas as ameaças de dilapidação. (RUSKIN, 1910)

Conte as suas pedras como se fossem as joias de uma coroa; coloque sentinelas em volta dele como nos portões de uma cidade sitiada; amarre-o com tirantes de ferro onde ele ceder; apoie-o com escoras de madeira onde ele desabafar; não se importe com a má aparência dos reforços: é melhor uma muleta do que um membro perdido; e faça-o com ternura, e com reverência, e continuamente, muitas gerações ainda nascerão e desaparecerão sob sua sombra. Seu dia fatal por fim chegará; mas que chegue declarada e abertamente, e que nenhum substituto desonroso e falso prive o monumento das honras fúnebres da memória. (RUSKIN, 1910)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARSAM, 2010. Relatório Anual de Atividades de 2010 a 2014. Água e Esgotamento sanitário.

MANAUS. Plano Municipal de Saneamento Básico. Manaus: Prefeitura Municipal, 2018.

DURANGO. (2014).

Gil, A. (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social (6ª ed.). São Paulo: Atlas. Gressler, L. (2004). Introdução à pesquisa: projetos e relatórios (2 ed. rev. atual ed.). São Paulo: Loyola. Lakatos, E., & Marconi, M. (2011). Metodologia Científica (6 ed.). São Paulo: Atlas.

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MESQUITA, O. (2006). Manaus, História e Arquitetura 1852-1910. Manaus, Amazonas, Brasil: Valer.

REDAÇÃO EM TEMPO. (19 de DEZEMBRO de 2017). MANAUS, AMAZONAS, BRASIL.

SCOCUGLIA, J. B. C. Sociabilidades e Usos Contemporâneos

do Patrimônio Cultural. 2004. Disponível em:

<http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp251.asp>.

Acesso em: 28 out. 2018.

RUSKIN, John. Las Siete Lamparas de la Arquitectura. 2. ed. Bueno Aires: El Ateneo Editorial, 291 p. 1956

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